Olho d'água, v. 4, n. 1 (2012)

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Entre Zola e Eça: o Naturalismo brasileiro em seu apogeu (1888)

Álvaro Santos Simões Junior

Resumo


 

O naturalismo brasileiro começou em 1881 com a publicação do romance O mulato, de Aluísio Azevedo. Apesar da grande dependência cultural do Brasil diante da França, o grande mestre europeu dos naturalistas brasileiros foi inicialmente o português Eça de Queirós. Seu romance O primo Basílio (1878) repercutiu intensamente no meio intelectual do Rio de Janeiro, onde encontrou admiradores entusiastas e também críticos impiedosos como Machado de Assis. Apenas por volta de 1888, quando o naturalismo francês sofria sérias defecções, alguns romancistas brasileiros adotaram as propostas estéticas de Émile Zola diretamente através da leitura do ciclo dos Rougon-Macquart. Naquele ano, publicaram-se vários romances: O missionário, de Inglês de Sousa, O cromo, de Horácio de Carvalho, A carne, de Júlio Ribeiro, Hortência, de Marques de Carvalho, Uma família baiana, de Xavier Marques, e Lar, de Pardal Mallet. Torna-se relevante considerar quais características das obras de Zola e Eça foram incorporadas aos romances publicados em 1888, ano que representa o ápice do naturalismo brasileiro.

 


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