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RESUMO: Empenhado em tornar a criação literária um objeto de discussão, Henry James escreveu uma série de textos críticos em que lança luz à tarefa desafiadora dos romancistas. O autor, porém, não estava alheio ao esquema mercadológico do qual a literatura fazia parte. Esses obstáculos, por sua vez, foram transformados em ficção. A fim de explorar o diálogo entre a produção crítica e literária de James por meio da figura do personagem-escritor, pretende-se aqui analisar os contos “Greville Fane” (1892) e “A morte do leão” (1894), publicados, respectivamente, na The Illustrated London News e na The Yellow Book. Ao se apropriarem de formas diferentes do propósito de cada revista, os textos buscam problematizar o meio literário finissecular.
ABSTRACT: Committed to turning literary creation into an object of discussion, Henry James wrote a series of critical texts which throw light on novelists’ challenging work. The author, however, was not dismissive of the market rules that literature was subject to; instead, he transformed these obstacles into fiction. In order to explore the dialogue between James’s critical and literary production through the image of writer-characters, this paper analyzes the short stories “Greville Fane” (1892) and “The Death of the Lion” (1894), published in The Illustrated London News and The Yellow Book respectively. Having appropriated the purpose of each magazine in different ways, both texts seek to problematize the literary milieu in the end of nineteenth century.