Olho d'água, v. 8, n. 1 (2016)

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Corpo, poder e subjetividade: uma leitura de Chuva imóvel, de Campos de Carvalho, e de Lavoura arcaica, de Raduan Nassar

André Luís Gomes de Jesus, Josiane Gonzaga de Oliveira

Resumo


O presente artigo tem por objetivo analisar os romances A chuva imóvel, de Campos de Carvalho, e Lavoura arcaica, de Raduan Nassar. A partir da temática do incesto – comum às duas narrativas – propomo-nos a discutir as relações entre poder, corpo e subjetividade a partir dos gestos libertários dos protagonistas de ambos os romances. A partir da visão do núcleo familiar como representante do status quo, observamos o modo como André Medeiros, de A chuva imóvel, e André, de Lavoura arcaica, promovem o questionamento e a corrosão da ordem familiar, reivindicando um espaço individual em contraposição ao apagamento de identidades particulares e à valorização dos aspectos coletivos promovidos pelo olhar opressor da família.

 

The present article aims at the analysis of the novels A chuva imóvel, by Campos de Carvalho, and Lavoura arcaica, by Raduan Nassar. From incest – a common theme to both narratives – we propose to discuss the relation between power, body and subjectivity which emerges from the libertarian gestures of the protagonists of both novels. Taking the family as an institution which represents the status quo, we observe the way that André Medeiros, from A chuva imóvel, and André, from Lavoura arcaica, promote the questioning and corrosion of family order, claiming a place for individuality in contradiction to the increasingly weak particular identities and the enhancement of collective aspects promoted by the family’s oppressive behavior.


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